Desigrejados: o desafio e a essência da comunhão cristã

Assuntos Impopulares | Devocional #7

Pensar sobre a questão dos "desigrejados" nos leva a considerar a relevância da comunhão cristã e os motivos que têm afastado muitos irmãos da participação ativa na igreja. Quando falamos de "desigrejados," estamos nos referindo àqueles que, apesar de professarem sua fé em Cristo, optam por não fazer parte de uma congregação formal. Isso ocorre por razões variadas: alguns foram feridos ou decepcionados por líderes ou por membros, outros buscam uma experiência de fé mais autônoma, sem as estruturas e hierarquias institucionais, e há ainda quem critique a falta de autenticidade e relevância da igreja para a vida prática.

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Para aqueles que se afastaram, as críticas geralmente são muito reais e dolorosas. Muitos relatam experiências de hipocrisia, legalismo, falta de acolhimento e promessas não cumpridas. Há os que se desapontaram com escândalos ou com o autoritarismo de lideranças que, em vez de servirem com amor, impõem regras rígidas e dificultam a comunhão. Em casos como esses, a igreja acaba se tornando um ambiente de sofrimento e alguns preferem preservar sua fé fora desse ambiente. Mas a questão que se levanta é: seria essa a melhor resposta para aqueles que se sentem feridos e decepcionados?

Paulo, em 1 Coríntios 12, usa a metáfora do corpo para que os cristãos são membros interdependentes. Cada um de nós tem um papel essencial na edificação da igreja, e isso nos torna não apenas participantes, mas contribuintes no plano de Deus. A vida cristã nunca foi projetada para ser vivida isoladamente; pelo contrário, a nossa comunhão é uma ferramenta de encorajamento, correção e amor mútuo. Em Hebreus 10:24-25, somos instruídos a não abandonar a nossa congregação, mas sim a "nos incentivarmos ao amor e às boas obras". Quando alguém decide se afastar, ambos, o cristão e a igreja, perdem oportunidades de fortalecimento e crescimento.